#Top15: Melhores álbuns de 2011.

Para finalizar o primeiro ano que passo com meu primeiro blog, passo à vocês uma lista (affz! tão criativo!) com os lançamentos de 2011 que mais me agradaram. Foi difícil escolher somente 15 mas, o fiz da maneira mais justa, ao menos para mim. Então, vamos lá …

15º Diante do Trono – Sol da Justiça

Que tal começar o post bem abrasileirado?! Quem me conhece sabe o quanto gosto dessa banda. Alguns podem até estranhar música gospel neste blog. Mas, é música, não? Em seu 14º trabalho (Nossa!) o “novo” Diante do Trono mostra que o passar dos anos não afeta a qualidade tão prestigiada em todos os seus trabalhos. Com uma sonoridade diferente, o Diante do Trono ainda mostra gás pra mais 15 anos. Esperamos isso …

14º James Morrison – The Awakening

Bem, pra mim ele tem uma das vozes mais bonitas que já ouvi na minha vida!!! Só isso já basta para tê-lo em um top meu. Fora que suas músicas fazem jus ao seu talento. Pode não ser seu melhor trabalho mas, não poderia o deixar de fora. Êhh injustiça! Enquanto uns têm pouco, outros têm muito. Sorte nossa ele compartilhar isso conosco. #GargantadeOuro!

‎13º Bjork – Biophilia

Essa finlandesa me conquistou com seu álbum de 2007, Volta. E que álbum! Que artista! E o melhor foi que, além de ter um dos melhores lançamentos da música em 2011, também acrescentou muito no modo como se faz (e se fará) música nos próximos anos.

‎12º David Cook – This Loud Morning

Ele é o top do top masculino do American Idol. Em seu segundo trabalho, David mostra que é um dos melhores e mais merecidos artistas que passaram pelo AI. O que é Paper Heart?!

11º Olly Murs – In Case You Didn’t Know

Mais um dos novos cantores que conheci este ano. E que sorte a minha tê-lo conhecido quando ele lançou este ótimo álbum. Participou de uma das edições do X-Factor inglês, ficando em segundo lugar. O que, obviamente, não desmerece de forma alguma seu talento. Um amigo meu e responsável por me “apresentá-lo”, diz que ele é uma das melhores coisas que aconteceram na música nos últimos tempos. Ouça e veja se ele exagerou ou não.

‎10º Yuck – Yuck

Chegamos ao top10 com uma novata. Com um nome tão oposto ao álbum, o Yuck é uma grande promessa da música Indie. Yuck? Não! É muito bom! E que capa! Essa sim, Yuck, WTH?!

9º Joss Stone – LP1

Velho, o que falar dessa mulher?! Não há palavras para descrever o talento dessa inglesa que nos conquistou nos chamando de Baby, Baby, Baby, muito antes do Justin Bieber o fazer de forma … Também não tenh palavras para descrever .. Hãn .. Estúpida? Bem, Joss é honesta e esse é um grande álbum. Vale lembrar que fiz uma resenha do álbum referido há algum tempo. Clica aqui.
*Bônus: Já ouviu a estreia da mega banda que a Joss faz parte, o Superheavy? Pois, ouça.

P.S. Como não achei um vídeo decente para a faixa Last One To Know, a deixo aqui como recomendação.

8º Arctic Monkeys – Suck It and See

Ouvi o primeiro álbum há algum tempo e viciei total! Conhecidos como uma das melhores coisas que aconteceram no cenário musical da década anterior, esses “macaquinhos” ingleses fizeram um álbum grande com um título no mínimo duvidoso.

7º Adele – 21

Bem, quem não ouviu falar dela este ano? Uma inglesinha que fazia música despretensiosamente, só para lavar a alma e o coração (partido), expôs toda a sua dor para os quatro cantos do mundo e tornou-se uma das mais queridas artistas da música. Quem se lembra dos tempos onde ela cantava suas dores para um punhado de fãs? Pois bem, hoje ela é de todos. Round my hometown …   *P.S. Ah!, vale lembrar (de novo) que também fiz um pequeno artigo sobre essa grande estrela. Clica aqui.

6º The Vaccines – What Did You Expected From The Vaccines?

Lembra desses carinhas deste outro post(Aqui!)? Bem,  uma banda até então desconhecida tornou-se alvo do “linguarudo” Liam Gallagher, ao serem aclamados pela crítica que comparou-os ao (finado e grande) Oasis. É uma ótima estreia de uma banda que ainda terá muito o que mostrar. Então, o que você espera do The Vaccines?

5º Bon Iver – Bon Iver, Bon Iver

Com uma capa puramente “arte”, o segundo álbum da banda do americano Justin Vernon é, também, pura arte. Vale muito a pena conferir não só este, mas, seus trabalhos anteriores. É (indie) folk na veia!

4º Foo Fighters – Wasting Lights

Eles não precisam provar mais nada à ninguém. Nem mesmo, necessitam ser comparados à ninguém (aqueles, né …) Um dos melhores álbuns da banda que se tornou um dos maiores nomes do rock mundial. O que é (ou não) preciso dizer a mais?

3º Florence and The Machine – Ceremonials

Um segundo álbum é a verdadeira prova de se um artista tem algo mais a acrescentar. E essa inglesa de cabelos ruivos e beleza tipicamente inglesa e sua banda conseguiram fazer um disco tão – ou até mais, não consigo me decidir – épico quanto o Lungs. Quer mais da Flor aqui no blog, clica acá!

2º Birdy – Birdy

Essa inglesinha de somente 15 anos e uma linda voz me surpreendeu com sua expressividade e musicalidade em um álbum com apenas 1 canção realmente nova, mas, com novos arranjos, ouso dizer que alguns, são tão bons (ou melhores) quanto os originais. E, o mais incrível, é composição própria. Além de excepcional intérprete, é também uma grande compositora! Nada mais à dizer, apenas que ela é super #cute!

1º Kelly Clarkson – Stronger

Quem me conhece bem, sabe que esta escolha é totalmente previsível! Acho que não é preciso dissertar horrores quando pode-se apenas ouvi-la e tirar suas conclusões …
Bem, esses foram os quinze, dentre muitos, álbuns que fizeram parte da trilha sonora do meu 2011. Espero que já tenha ouvido algum desses, ou, se não, experimente. Um feliz 2012, cheio de boa música à todos! 🙂

#Tips: Mrs. Kelly is All! Kelly Clarkson volta mais forte do que nunca.

Cada um tem seu xodó. Por mais que nos abramos a novos sons e “experiências musicais” sempre há um ou dois que  são muito mais que apenas artistas para nós. E é nessa categoria que encaixo a Kelly Clarkson. Entretanto, deixo claro que mesmo assim, honrarei um dos posts anteriores e serei parcial- o que custa muito! Tanto que só pude postar acerca de seu novo material um mês após seu lançamento.

Mr. Know It All é o carro-chefe do novo álbum da Mrs. Kelly Clarkson, intitulado Stronger (bem sugestivo, não?), o qual será lançado no final de outubro. O primeiro e ainda o maior fruto do programa American Idol, Kelly é uma artista com carreira ao mínimo emblemática. Só pra resumir, ganhou o programa, quebrou recorde e conseguiu seu primeiro #1, lançou um disco multi-platinado e singles sucesso em todo o mundo. Brigou com a gravadora, lançou um disco que fracassou em vendas, voltou às paradas quebrando recorde, foi severamente criticada (e ainda é) por seu peso, sofreu muito com (inúmeros) vazamentos de suas canções, entre outros fatos, para não entrar em maiores detalhes.

Em relação à canção, Mr. Know It All é um ótimo single. Mas, ao mesmo tempo, arriscado. Numa época cujos sons são produzidos por máquinas, lançar algo fora disto é, pra muitas carreiras, suicídio. Entretanto, a carreira da Kelly nunca se resumiu a andar conforme a marcha – prova disso é o grande e incompreendido My December.

Mr. Know It All é em certos aspectos totalmente diferente do que a Kelly já lançou. Uma balada mid-tempo, com vocais menos furiosos e mais soul, a lá Joss Stone, sem, ao mesmo tempo, perder sua força e que poderia entrar em qualquer chart R&bB. A canção não é do tipo que chegaria ao topo de primeira, como se provou no seu lançamento, mas, é uma daquelas canções que crescem gradativamente até chegar ao topo, como prova o seu atual desempenho.

Apesar de possuir uma “boa” semelhança com Just The Way You Are, do cantor Bruno Mars, o “Senhor Sabe Tudo” da Kelly, destaca-se por possuir o toque feminino da Kelly, um lado um pouco apagado em seus trabalhos anteriores. As batidas vão de encontro à um piano trazendo um resultado harmonioso. Sua grande voz está mais marcante (se isto é possível), por sua controversa força comedida. E, o violão dá um toque simplório à canção, enquanto o pouco da presença de guitarra completa o conjunto de forma canoro. A letra da canção pode parecer simples ao primeiro olhar geralmente descuidado. Entretanto, se analisado por uma ótica diferente, você poderá observar que não se trata apenas de uma canção pós-fim de relacionamento. Há uma acidez propositalmente direcionada por trás de seus versos, e que se confirma em seu videoclipe.

O alvo desta vez? Não é mais um de seus ex-namorados. Porém, é “alguém” que pode ser tão íntimo quanto um namorado. A imprensa é intencionalmente e vistosamente atacada tanto na letra quanto no clipe da canção. Por ser uma pessoa pública, a Kelly obviamente não pode ser eximida de críticas. Contudo, muitas vezes, essa crítica é exacerbadamente sensacionalista e cruel. E, é isto que a Kelly transmite, especialmente no vídeo. Através de um mural (da discórdia, como denominou alguns fãs), onde foram expostas várias notícias acerca de sua carreira (especialmente seus “declínios”), dentre elas, a que mais a persegue, a sua aparência física, seu peso, a eterna American Idol, demostra como isso a afeta e como ela supera cada uma delas e com integridade.

É o retorno da grande Kelly, popstar? Sem dúvida. A dona de hits que soou aos ouvidos de uma boa parte da população mundial na década passada promete vir com tudo. Mr. Know It All pode não estar fazendo barulho no mundo inteiro, e ele sabe disso. Porém, ele sabe também, que é apenas questão de tempo para que todos os quatro cantos do mundo fique curioso para saber quem é esse “Senhor Sabichão”! Acredito que o ano de 2011 não será largo o suficiente para mais uma grande “gordinha”!

Nota para o Single:

Abaixo, deixo o videoclipe novo em folha do single.

Skag+: Os 50 álbuns que definiram a música pop. Parte II

Infelizmente, eu não tive tempo de postar a Parte II do especial por vários motivos que não precisam ser citados. Inclusive, peço IMENSAS desculpas pra quem ficou esperando pela Parte II, e prometo que não haverá mais atrasos quanto às próximas partes. Enfim, aqui estamos! Depois de ter contado um pouco da história do POP desde o fim dos anos 50 até o fim da década de 70, é hora de não só entrar na década de 80, como também entrar na década mais influente da música pop. Começa aqui a parte II, dos “50 álbuns que definiram o POP”:

Barbra Streissand – Guilty (1980)

Sucesso no cinema e na música, a cantora romântica vencedora do Oscar e do Grammy, resolve se juntar a Barry Gibb, vocalista dos BeeGees, para mostrar o seu lado mainstream, ou seja, POP.

Após vivenciar um estrondoso sucesso nos cinemas e nas rádios com baladas românticas ao estilo ‘Broadway-alike’, Babra mergulha no pop com o álbum “Guilty”. O som adulto-contemporâneo sai de cena e dá espaço às faixas radiofônicas, bem harmonizadas e produzidas, tais como, “Promises”, a faixa-título “Guilty” e o grande hit do álbum que se tornou uma das mais famosas assinaturas de Barbra, “Woman In Love”. O sucesso de “Guilty” teve sua importância para as influências de inúmeras cantoras da atualidade, se estendendo desde Mariah Carey até Christina Aguilera. Ultrapassando a marca de 20 milhões de cópias e, sendo o disco mais vendido de Barbra, “Guilty” recebeu indicações ao Grammy na categoria de Álbum do Ano, além de servir como cartilha de arranjos dos álbuns pop que seriam lançados a partir de então. “Guilty” é considerado um dos melhores álbuns da fase pós-discoteca do pop.

Visage – “Visage” (1980)

Depois da grande influência da disco-music, o pop a partir da metade de 1980 começa a criar uma nova imagem, totalmente diferente daquela que dominava as paradas nos anos 70. Bebendo da água do rock e aderindo ao som futurístico dos sintetizadores, surge o new-wave/synthpop, ao passo em que se vê lançado um de seus mais brilhantes percursores, o álbum de estreia e homônimo da banda britânica Visage.

O synthpop/new wave foi o gênero que mais obteve seguidores no cenário pop dos anos 80. Os sons do gênero misturavam riffs de guitarra, com instrumentos eletrônicos e sintetizadores, criando um som bem diferente daquele que ditava moda na década passada, e o álbum “Visage” é um dos melhores exemplos do gênero, sendo a banda Visage, considerada uma das pioneiras do estilo. Em “Visage”, o som eletrônico traz uma vibe totalmente futurística às músicas do grupo, a exemplo “Tar” e o hit “Fade To Gray”. A faixa “Fade To Gray”, por mais que tenha sido brilhantemente produzida em 1980, até hoje continua soando contemporânea, assim como o álbum “Visage” que tem ganhado a admiração dos críticos pela sonoridade extremamente atemporal, dando a banda reconhecimento pela forma artistísca de se apresentarem e de produzirem as músicas, algo não tão comum na época. “Fade To Gray” contava com um clipe que misturava pop-art com uma vibe meio sombria, seguindo perfeitamente a cartilha da faixa, tornando a música um hit em toda Europa e no mundo (apesar de não ter sido trabalhada nos EUA), sendo hoje em dia usada em samples de vários artistas contemporâneos como Kylie Minogue. O álbum “Visage” vendeu cerca de 3 milhões de cópias no mundo todo (número considerado bastante satisfatório para uma banda Europeia sem divulgação nos EUA), e é considerado, junto com outros nomes na mesma época, como Talking Heads e Ultravox, responsáveis por mostrar o new-wave para o mundo, ajudando a definir a sonoridade pop dos anos 80.

The GoGo’s – “The Beauty and The Beat” (1981)

E o rock volta a dar as caras aqui, mas dessa vez com um toque mais feminino. Isto porque, em 1981 surgia uma das primeiras e mais influente banda de pop-rock composta só por… mulheres! Em 1981 chegava às lojas, acompanhado de muita atitude e personalidade, o álbum “The Beauty and The Beat” da banda de garotas pra lá de “cool”, The Go Go’s. A banda formada por 5 garotas foi uma verdadeira febre no começo da década de 80. Cheias de atitude, super descoladas, e bem autênticas, as Go Go’s, conquistaram a América com hits como “Our Lips Are Seleaded” e o hit de rock, considerado uma das melhores músicas do pop/rock, “We Got The Beat”. O álbum “The Beauty and The Beast”, vendeu cerca de 7 milhões no mundo todo, inovando ao ser a primeira banda de pop/rock composta por mulheres. As garotas do The Go Go’s tinham um estilo próprio, exclusivo que as diferenciavam das demais. Belas e jovens garotas com uma vibe rock e um som super divertido, abriu caminho para que outras bandas semelhantes surgissem na década de 80 como as Bangles, e o trio Bananarama e, até as futuras bandas de pop compostas só de garotas que, apesar de não terem nada de rock, tinham sua “raiz” nas GoGo’s (como as Spice, por exemplo), já que a influência das meninas não se limitava só à música, se estendendo desde o estilo à atitude.

Hall & Oates – “Private Eyes” (1981)

Dando continuidade à era pop pós disco-music, a dupla Daryl Hall e John Oates já tinham atingido o sucesso com alguns hits na década de 70. Entretanto, em 1981 chegam para dar gás ao new-wave, no àpice de sua criatividade artística com o álbum “Private Eyes”. O disco contou com uma excelente produção que fazia uma mistura embalada por um toque de new-wave, de R&B/Soul com uma pegada meio rock e soft-pop. O uso de sintetizadores se mistura aos contagiantes riffs de guitarras, como na faixa título “Private Eyes”, que possui um videoclipe simpes, com a dupla vestindo trajes de detetives, virando sensação na MTV. Além disso, o álbum “Private Eyes” vinha com a perfeita fusão do soft-pop com a música Soul contemporânea. A faixa “I Can’t Go For That” além de alcançar o #1 no Hot 100 dos EUA, é até hoje uma das mais usadas para sample, alcançando um feito raro, o topo nas paradas R&B, já que a dupla é considerada um “white act” (no português, o que agente entende por… artistas brancos). Marcando a década de 80, Hall & Oates, ainda iriam fazer bastante sucesso até o final da década com seus álbuns sucessores, mas é com “Private Eyes” que eles atingem sua excelência musical e influência pra música pop, servindo de modelo para os hits de artistas posteriores.

Olivia Newton John – “Physical” (1981)

Cantoras femininas como Donna Summer, a qual deu toques de sensualidade aos seus hits tais como, “I Feel Love” e “Love To Love You Baby” já faziam sucesso nas rádios desde os anos 70. Contudo, é em 1981 que o sex-appeal feminino deixa de marcar presença só na música, passando a definir a imagem e atitude do artista. Muito prazer leitor, vos apresento “Physical” de Olivia Newton John. Olivia que antes já havia conhecido o sucesso com singelas e inocenetes baladas românticas com um pé no folk-country, estoura de vez no mundo todo com o sucesso dos filmes ‘Grease’, o qual protagonizou ao lado de John Travolta em 78 e “Xanadu” em 1980. Mas, depois de já ter mostrado um pouco de sensualidade com o álbum “Totally Hot”, é agora, em 1981, com “Physical” que Olivia usa o femme-fatale além da música, definindo todo um conjunto. Os hits do álbum “Make A Move On Me”, “Physical” e “Landslide” possuíam uma sonoridade bem mais agressiva que os singles anteriores de Olivia, mostrando sua faceta sexy nos vocais e nas performances. A faixa título “Physical”, muito antes de Madonna, causou polêmica pelo seu teor sexual, e chegou a ser banida em algumas rádios da época. Além disso, a controvérsia de “Physical” aumentou com o polêmico video-clipe que mostrava Olivia como uma instrutora de academia que, ao cuidar dos gordinhos e deixa-los com o físico perfeito, eles acabavam dando a entender que também viraram gays.

O final do vídeo foi trocado pela MTV e outros canais da época, considerando a dupla interpretação do final abusiva demais. Contudo, nada disso impediu que o vídeo de “Physical” fosse um verdadeiro sucesso, lançando moda nas academias com o figurino de Olivia, e rendendo a sua intérprete uma indicação ao Grammy na categoria de Melhor Vídeo Curto. “Physical” também foi a música da década de 80, ficando longas 10 semanas em #1 no Hot 100 da Billboard e fazendo do álbum o mais vendido de Olivia, alcançando a marca de 11 milhões de cópias no mundo todo. Além de inovar usando a sensualidade além da música, Olivia também foi a primeira artista a fazer uma coleção de vídeos com todas as músicas do album, e ainda 3 hits anteriores, lançando em VHS e rendendo a ela outra indicação ao Grammy por Melhor Coletanea de Vídeo. “Physical” foi um álbum controverso e influente, iniciou na trilha sex-appeal a ser seguida por Sheena Easton, Debbie Gibson, Samantha Fox, e até mesmo no começo da carreira de Madonna, antes dela firmar sua imagem própria e reinventar o uso desse ‘femme-fatale’. Sucesso nas charts e na crítica, “Physical” foi o principal percursor do estilo sexy-pop que seria seguido pelas cantoras sucessoras e principalmente pelas atuais.

Prince – “1999” (1982)

Prince é um dos nomes mais significativos do pop e, apesar de já ter se tornado conhecido com o álbum de 1981, “Controversy”, é apenas em 1982 que ele se encontra artisticamente e lança a pérola do pop “1999”. Com um som new-wave mas, com forte pegada de rock e R&B/Soul, depois de Michael Jackson, Prince pode ser considerado o artista masculino que mais contribuiu para formular o pop dos anos 80 e até o pop de hoje. Com o álbum “1999”, Prince mostra todo seu estilo extravagante e pra lá de ousado, virando febre e lançando hits que são verdadeiras jóias do pop como “Little Red Corvette”, “Delirious” e a faixa-título “1999”. O álbum é considerado o mais influente de Prince, ao lado de “Purple Rain” (1984), sendo o principal modelador do Minneapolis Sound (uma mistura maluca de rock, new-wave/synthpop, R&B com o funk) que serviu para definir a sonoridade musical na década de 80 até inicio dos anos 90, chegando até a ajudar na criação de um padrão a ser seguido por outros gêneros mais distantes como a música eletrônica e o dance techno. Prince era conhecido antes de “1999”, mas foi aqui que ele ganhou projeção mundial. Chamou a atenção com seu estilo performático único e pela ousadia de suas letras, como a faixa-título “1999”, que é um protesto sobre a proliferação das guerras nucleares e “Little Red Corvette” que relata uma noite de um cara com uma garota promíscua, recheada de metáforas sexuais ao longo de seus versos. “1999” também foi o primeiro álbum de Prince com sua banda de apoio “The Revolution”, e com vendas de 9 milhões de cópias no mundo todo. Com toda certeza, é um álbum essencial para a história do pop.

Michael Jackson – “Thriller” (1982)

5 palavras são suficientes para definir a magnitude da obra-prima máxima do grande Rei do Pop, “Thriller”: Maior álbum pop da história. Vários fatores que fazem de “Thriller” não só o maior álbum pop de todos os tempos, mas, um dos principais discos que definiram a história da música geral, graças às suas vendas monstruosas (álbum mais vendido de todos os tempos, com vendas estimadas em 85-110 milhões de cópias), até a sua perfeição estética que remodelou o jeito de se fazer música. Produzido por Quincy Jones e por Michael, “Thriller” possui uma técnica estrutural simplesmente perfeita. Cada instrumento do álbum possui uma perfeita harmonia com as melodias contagiantes e suas composições malucas, autênticas e extremamente POP. Além da produção, “Thriller” foi responsável por revolucionar as rádios, a TV e os palcos, trazendo vários trunfos para Michael. Em uma apresentação ao vivo do clássico “Billie Jean”, no show de 25 anos da Motown, Michael executou pela primeira vez sua mais famosa assinatura, o Moonwalk, um passo típico de break/free-style que se tornou, nos pés de Michael, um dos maiores símbolo do pop.

“Thriller” também fez de Michael o primeiro artista negro a tocar em circuito mainstream nas rádios de rock com a faixa “Beat It”. Também foi o primeiro artista negro a ser executado com grande frequência pela MTV com o clipe de “Billie Jean”. Seu álbum foi recordista de indicações ao Grammy e Michael o recordista de vitórias em uma só noite – 14 indicações e 8 vitórias. Michael passou a ser um marco na história do video-clipe, com o lançamento de um minifilme de 13 minutos para faixa título “Thriller”, que contava com uma eletrizante sequência de dança de zumbis, misturada com um pequeno enredo de suspense, onde ele se transforma em um lobisomem, assustando sua namorada. Considerado o maior videoclipe da história, devido a todo seu impacto criativo e cultural, Michael Jackson ajudou a construir a geração MTV dos anos 80. Sua música e seu trabalho como artista, além de consagrá-lo como um dos maiores visionários da música, fez dele o Rei do Pop. “Thriller” e todos os seus feitos explicam porque a música pop pode ser dividida em duas: Pré-Michael Jackson e Pós-Michael Jackson.

A Flock Of Seagulls – “A Flock Of Seagulls” (1982)

Embalado pela onda new-wave e pelo synthpop, o rock encontra uma fusão perfeita com o som psicodélico de guitarras elétricas e sintentizadores, dando vida a um dos melhores álbuns do pop new-wave da música, o álbum homônimo da banda A Flock Of Seagull. Em “A Flock Of Seagulls” acontece uma verdadeira viagem de 40 minutos ao longo de suas 10 faixas. O som da banda era neurótico, hipnotizante, riffs de guitarras extremamente eletrizantes, uma vibe futurística sem igual, e um visual pra lá de excêntrico, como os famosos penteados do vocalista Mike Score. A faixa “I Run (So Far Away)” é hit em cada canto do mundo, sendo uma das músicas que ajudou a dar uma sonoridade atemporal ao new-wave usando influências desde o som urbano que rolava no Oriente, até os filmes de ficção científica, estabelecendo um tom futurístico ao álbum e acrescentando notas de sintetizadores e sons espaciais. A faixa “Space Age Love Song” é um exemplo da arte presente no álbum “A Flock Of Seagulls”, que parece contar uma história maluca durante suas faixas. “I Run (So Far Away)” alcançou o top 10 no mundo inteiro, inclusive nos EUA, dando à banda o status de Platina, e ganhando infinitas versões, sendo regravada até no Brasil. A faixa “D.N. A” ganhou o Grammy de melhor faixa instrumental de Rock, sendo aclamada pela crítica, devido à criatividade da banda na produção e uso dos instrumentos para composição de cada faixa. “A Flock Of Seagulls” vendeu cerca de 4 milhões no mundo todo, lançou hits, moda desde o som até os penteados da banda e, é uma parte marcante e criativa do pop/rock até hoje.

Culture Club – “Colour By Numbers” (1983)

A década de 80 é considerada um dos períodos mais alegres da música pop e, com a chegada do Culture Club e o segundo álbum de estúdio da banda, “Colour By Numbers”, comandada pelo vocalista que se vestia de forma feminina, Boy George, essa afirmação se faz mais que uma verdade absoluta. O visual de Boy George era no mínimo excêntrico para a época, colorido, andrógeno e cheio de atitude. Com esse estilo no mínimo inovador no pop e no rock, George, com cabelos trançados, maquiagem para realçar traços femininos e um jeito delicado que caiu nas graças dos públicos conquistando as rádios e a geração MTV, serviu de inspiração para vários nomes desde a banda britânica Dead Or Alive, até nomes mais recentes como a cantora Lady GaGa, que tem uma leve inspiração nesse estilo andrógeno de Boy nos anos 80. Com os hits autênticos “Karma Chameleon”, “It’s a Miracle” e “Miss Me Blind” dominaram as rádios, a MTV e a mídia. O estilo autêntico da banda chamava a atenção e fazia sucesso com o público. Colorido, divertido, contagiante, descontraído, era assim o som do álbum “Colour By Numbers” que vendeu 10 milhões de cópias no mundo todo, levando o Culture Club a ser um dos artistas que mais representaram a música no cenário pop dos anos 80. As músicas da banda eram uma mistura de vários estilos, desde o reagge, até o R&B. Enquanto isso, Boy George era uma mistura do visual dos caras do Kiss com o roqueiro David Bowie, só que em uma versão delicada e “afeminada”, transformando-o também em um símbolo pop.

Cyndi Lauper – “She’s So Unusual” (1983)

“Garotas só querem se divertir”. A afirmação, título do hit de abertura dessa pérola pop, é a frase perfeita pra definir o life-style da maluquinha de cabelo bicolor que se tornou peça chave na música pop com seu album de estréia “She’s So Unusual”, Cyndi Lauper. A faixa “Girls Just Wanna Have Fun” é a marca representativa de “She’s So Unusual”. A faixa conseguiu ser #1 no mundo todo, rendendo a sua intérprete várias indicações ao Grammy e se tornando um dos maiores hinos do pop. A personalidade explosiva e divertida de Cyndi, casados com seu estilo original, fizeram dela uma das figuras mais representativas do pop, servindo como uma inspiração para diversos artistas até os dias de hoje. “She’s So Unusual” mostra que “unusual” (incomum, diferente, no inglês) é a melhor qualidade de Cyndi e é por isso que ela é uma imagem tão forte nos anos 80. As faixas em “She’s So Unusual” misturam rock, R&B, baladas românticas adolescentes, e trouxe hits irreverentes tais como, a balada romântica número 1 nas paradas americanas e indicada ao Grammy, “Time After Time” e ousados, como a faixa que fala de masturbação antes de Madonna falar de sexualidade e virgindade, “She Bop”. Cyndi tinha carisma e atitude, vencendo em 1985 o Grammy de melhor artista revelação, e recebendo indicações em outras categorias como Álbum do Ano. Colorido, pra cima, contagiante e a cara dos anos 80, são as características que melhor definem “She’s So Unusual” e toda excentricidade de Cyndi, que vendeu mais de 15 milhões de cópias do álbum, fazendo dele uma peça chave na história do pop.

Enfim, esta foi a segunda parte do especial que conta a história do pop através da história desses 50 álbuns que ajudaram a definir o gênero.

Divirtam-se! 😉

Colaboração/Créditos: Fernando Franqueiro
(Revisado e Adaptado)

Skag+: Os 50 álbuns que definiram a música pop. Parte I

É simplesmente impossível, contar a história da música sem levar em conta o seu estilo mais popular, ele mesmo, o POP. São vários gêneros que já fizeram, revolucionaram e influenciaram o modo como se faz música. Contudo, nada como o som mais executado, aquele “mainstream”, o qual  junta todos os outros em um só e faz disso uma sonoridade praticamente “própria”, para podermos ilustrar esta arbitrariedade dos estilos musicais, apesar de impossível de auto-definir o Pop com apenas uma característica. Foram longas semanas pensando em como contar a história desse gênero. São tantos álbuns que, de certa forma, deram sua contribuição para o pop que essa lista poderia se extender para 100,150,200 álbuns. Enfim, depois de analisar bastante, cheguei a 50 títulos revolucionários (sem ranking, apenas indicações em ordem cronológica pra evitar desavenças e falhas no relato dessa trajetória) que serão mais que suficientes para contar essa história fantástica. Então, eis aqui 50 albuns que definiram o POP.

 

Elvis Presley – Elvis Presley (1956)

Assim como existe a teoria de que o universo surgiu de uma explosão decorrente de um acúmulo de energia, chamada Big Bang, aconteceu basicamente a mesma coisa no nascimento da música pop. Só que essa explosão, que deu inicio a tudo, tinha outro nome: Elvis Presley.
Na década de 50, a música era de certa forma limitada a determinados gêneros primários como o Jazz, o Blues, a música clássica, entre outras vertentes. O rock começava a tomar forma, e o som dos pubs e bares começavam a ganhar uma nova cara. Mas foi exatamente em 1956 que se estabelecia de forma definitiva 2 gêneros da música: o rock, e o pop. Ambos, em uma compiliação de 12 faixas, intitulado com seu nome, “Elvis Presley”. Aqui o rock tomou sua forma definitiva, totalmente inspirado no blues, e lançando algumas das músicas mais tocadas da América, e mais conhecidas do mundo, além de regravadas incansáveis vezes, como “Blue Sweed Shoes”, “Money Money” e “Tutti Frutti”. A presença marcante, atitude de bad boy, o charme e toda energia de Elvis tornara ele uma das maiores promessas da música e um fenômeno mundial levando as garotas ao delírio e os rapazes a se inspirarem no músico que futuramente se tornaria não só o Deus do Rock, mas um dos principais artistas de toda história da música.

Enfim, onde entra o POP nessa história? O pop entra simplesmente porque é possível considerar o album “Elvis Presley” o primeiro a gerar um circuito “mainstream”, ou seja, “pop”, para a música. As músicas tocando exaustivamente na rádios, um boom na venda de discos que não eram números muito grandes na época, e a transformação de um artista em referência de toda uma geração. E se tudo isso não for pop, porrãn…

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The Beach Boys – Pet Sounds (1966)
Depois de toda febre de Elvis Presley, várias bandas de rock surgiram e fizeram a cabeça dos jovens e das rádios no mundo todo. O rock ainda é mainstream, os Beatles lançam o primeiro disco em 64 e se tornam o novo fênomeno da música mundial, e também surgem os Beach Boys. Lançando 10 discos entre long-play’s e EP’s entre 1962 e 1965, os Beach Boys atingem fama e sucesso, lançam hits, mas é em 1966 com o disco, “Pet Sounds” que eles mostram a que vieram, revolucionando o pop, o rock e a história da música. O álbum “Pet Sounds” não foi o maior sucesso comercial dos Beach Boys, mas trouxe contribuições cruciais para a musica em geral.
O fundador da banda, Brian Wilson, para de viajar com a banda acompanhando os shows para se focar na composição e produção do álbum que inovou o estilo de fazer música da época, usando instrumentos nada convencionais como apitos de cachorro, flautas, órgãos, teremins e até sino de bicicleta. A produção conceitual do album fez de “Pet Sounds” um marco na engenharia e mixagem musical, além de criar um novo meio técnico de produzir canções, sendo considerado o primeiro álbum de art-rock de toda a história. “Pet Sounds” contou com os hits “God Only Knows”, “Wouldn’t It Be Nice” e “Caroline, No”. “Pet Sounds” caracterizou o ápice da genialidade de Wilson que até hoje é notado como um dos mais ousados produtores do mundo musical, fazendo dos Beach Boys uma febre e do “Pet Sounds” o símbolo do experimentalismo musical resultando num rock revolucionário, sofisticado e um marco histórico.
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The Beatles – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)

Sim, sim, chegou a vez dos 4 garotos de Liverpool que sacudiram o mundo com o twist-rock nos anos 60, e fizeram a cabeça de toda uma geração.

Apesar da carreira de sucesso e de terem feito um barulho estrondoroso com os álbuns anteriores, a fase conceitual e influente dos Beatles começa aqui, no famoso álbum que é considerado por muitos o melhor disco da história, o “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”. O pop está presente no disco desde a capa, que representa uma espécie de funeral com uma fotografia toda voltada no pop-art, até as músicas que se tornaram marca dos Beatles como “Lucy In The Sky With Diamonds”, “Penny Lane” e “Strawberry Fields Forever”. Em 1967, além dos Beatles o rock começava a ser redefinido para o estilo psicodélico apoiado de nomes como Jimmy Hendrix, Janis Joplin e Pink Floyd, onde o lirismo ficava cada vez mais forte nas composições e a sonoridade cada vez mais misturada. O álbum, produzido por George Martin, foi o pioneiro em um grande avanço da tecnologia musical, pois, esse é o primeiro álbum a ser gravado em 8 canais, usando dois amplificadores de 4 canais. Além disso, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” é também uma verdadeira festa psicodélica, fazendo a fusão de vários estilos musicais como Rock, Jazz, sons orientais e as baladas pop românticas. Com vendas que superam os 25 milhões de cópias, o álbum marcou pra sempre os Beatles na história da música como um dos grupos mais visionários e revolucionários de todos os tempos.

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The Beatles – Abbey Road (1970)

Já se diziam que todas as coisas boas chegam a um fim, e no disco “Abbey Road” os Beatles lançam o último material gravado por eles (o álbum “Let It Be” lançado em 1971 era uma compilação de músicas gravadas entre o “The White Album” e o “Abbey Road”), eternizando desde a capa até todo seu conteúdo. Antes de tudo, a capa de “Abbey Road” é histórica, despojada e misteriosa. Por que? Porque reza uma lenda de que Paul McCartney teria morrido em um acidente em 1966 sendo trocado por um sósia, e várias pistas sobre sua morte eram dadas nos discos dos Beatles, e talvez as maiores evidências dessa morte se encontrem na capa de “Abbey Road”. Quanto a parte musical, “Abbey Road” é um álbum refinado, e o melhor, esteticamente, produzido pela banda em toda sua carreira. No “Abbey Road” acontece talvez a maior contribuição para a produção da música pop até hoje, pois, foi a primeira que se usou o sintetizador “Moog” que permitia que qualquer som fosse reproduzido virtualmente, sem necessidade de instrumento. O que seria da música pop hoje se não fosse essa tecnologia, brilhantemente usada pelos grandes do rock? NADA. Com certeza “Abbey Road” é o álbum mais coeso, melhor elaborado e um dos mais interessantes da carreira dos Beatles.

Quem não conhece “Here Comes The Sun” e “Come Together”? E quem não pode ir embora de uma viagem pra Londres sem tirar uma foto atravessando a faixa da Rua Abbey Road? É, definitivamente o pop não seria nada sem o rock e os Beatles.


Diana Ross – Diana Ross (1970)
Depois de tantas bandas é hora das mulheres entrarem na jogada. Nos anos 60, a banda de 3 belas jovens, “The Supremes”, conquistaram o coração da América com baladas românticas, músicas divertidas e inocentes, e um visual bem charmoso. Mas em 1970, depois de tantos hits, é vez da vocalista principal do trio, Diana Ross, brilhar sozinha- interprete a colocação desse verbo nas suas mais literiais definições, porque nascia aqui com a ajuda de longos e belos vestidos, cabelão produzido, jóias e paetês, o estilo pop feminino que o pessoal da Hot 100 mais gosta: o estilo DIVA. Se Diana Ross não tivesse lançado seu album “Diana Ross”, talvez Mariah, Whitney, Beyoncé, Cher (que nessa época ainda fazia par com seu marido Sonny na dupla de folk-rock Sonny & Cher) e tantas outras cantoras não econtrariam significado em suas performances, álbuns e até no estilo de vida. Arrisco mais, talvez sequer seriam tudo o que são hoje em dia.
O album “Diana Ross” trouxe o hit #1 “Ain’t No Moutain High Enough”, uma versão em nova roupagem do hit de Marvin Gaye e Tammi Tarrell. Com um toque mais romântico e sensual, sem cair no banal, a versão de Diana concedeu-lhe a admiração do público e da crítica que consideram “Diana Ross” um álbum de R&B com Diana em excelente forma vocal, seu melhor trabalho solo, e o pioneiro no estilo mais comum entre as performers femininas do pop.

Stevie Wonder – Innervisions (1974)

O rock já fez demais pelo pop nos anos 50 e 60. Já nos anos 70, é a vez da música black dar a sua contribuição para o gênero. Em 1974, o prodígio da música, Stevie Wonder, lançou o seu 5º disco consecutivo e o grande clássico de sua carreira. “Innervisions”, ao longo de suas 9 canções, quebrava alguns tabus da sociedade americana, tratando de temas delicados e que depois seria a chave para outros revolucionários do pop, abrindo as portas para a voz de protesto do hip-hop que ganharia força no final da década. Revolta social, drogas, desigualdades, preconceito racial, entre tantos outros temas que não costumavam figurar nos álbuns mainstream aparecem nas faixas “Higher Ground”, “Living For The City” “Jesus Children Of America” e “Don’t Worry About a Thing”.

Jovem e multi-talentoso, sendo considerado um show man e uma “banda de um homem só”, Stevie toca em sintetizador todos os instrumentos de 6 faixas do álbum e lança a moda técnica do uso de ARP, um sintetizador que criar todas as camadas de um ambiente sonoro, popularizando a técnica que passou a ser usada com frequência por artistas da época. “Innervisions” mostra o poder vocal, e atitude visionária de Wonder, que com apenas 23 anos, entraria pra história da música negra e mainstream.


ABBA – Arrival (1976)
A banda sueca composta por 2 belas moças e 2 talentosos rapazes, já tinham alcançado atenção mundial a partir do 3º album de estúdio lançado, “Waterloo”. Mas, é em 1976, quando a música é dominada pelo som das discotecas, que a banda alcança o auge de sua carreira e facultam grandes contribuições para a música pop. Bebendo na fonte da sucesso, “Arrival” traz um dos maiores hits dos anos 70 e a marca registrada do som da disco-music, “Dancing Queen”.
A faixa alcançou o #1 lugar em vários países, e fez do grupo um verdadeiro fenômeno musical. “Revival” é um album que conta com outros sucessos do grupo como a balada “Fernando” (que de primeira acabou não sendo lançada nas tiragens do album, sendo lançada como promo-single) e “Money, Money, Money”. O alto astral do album, dá a impressão de que qualquer música que tivesse sido lançada teria se tornado um verdadeiro hit. Entretanto, apesar dos poucos singles, “Arrival” traz o ABBA em sua melhor fase, consagrando a disco-music e fazendo história.

Fleetwood Mac – Rumours (1977)

Conhecendo o sucesso com o album de 1976, “Fleetwood Mac”, o grupo de rock, depois de atritos na gravação do novo álbum de estúdio e dos frequentes boatos de que as relações da banda não iam nada bem, se aproximando de um fim, dava à luz ao disco que conseguiu passar a marca de 40 milhões de cópias vendidas, “Rumours”. O álbum não só conseguiu ser um dos maiores fenômenos de vendas da história, mas também conseguiu influenciar diversos grupos musicais em diferentes estilos.

Os hits “Go Your Own Way”, “Dreams” e “Songbird” fizeram a “cabeça” das rádios em 77 no mundo todo, levando o álbum à números de vendas espetaculares e mostrando toda a irreverência do grupo, que era bem eclético no estilo e na forma de gravar os discos, sem essa de “donos da banda”- cada um cantava um pouco, desde Stevie Nicks, a “Bella Donna” do grupo, até Lindsey Buckingham, o guitarrista da banda. “Rumours” é fortemente influenciado pela música pop, deixando o rock mais de lado e misturando instrumentos tocados virtualmente com gravações acústicas sem base de aparelhagem eletrônica.

Donna Summer – Bad Girls (1979)
Donna Sumer, conhecida como a rainha da discoteca, se lançou em 1976 com a faixa “Love To Love You Baby” que gerou controvérsia pelo seu conteúdo sensual até demais, revolucionando a história da música eletrônica com “I Feel Love” em 1978. O projeto foi considerado o som do futuro, e botou ordem na casa com o lançamento do disco mais eclético de sua carreira, em 1979, “Bad Girls”.
Em “Bad Girls”, encontramos Donna Summer em uma explosão de atitudes e imponência, colocando seus traços em cada canção do álbum, que é um conjunto de faixas bem boladas, descontraídas e autênticas. “Bad Girls” traz as marcas registradas de Donna e alguns de seus maiores hits, os sucessos “Bad Girls”, “Hot Stuff” e “Dim All The Lights”. No final dos anos 70, a disco-music ainda tinha força, mas, não tanto quanto nos anos anteriores. Assim, os produtores de Summer decidiram arriscar em outros territórios ao invés de focar o álbum em um estilo só. Por isso, em “Bad Girls”, acontece uma interessante fusão da discoteca com o rock, e também com baladas presentes no Soul e no R&B. A fórmula de Donna mais que funcionou, concedeu-lhe uma indicação ao Grammy em Album Of The Year, vendeu cerca de 14 milhões de cópias e virou um dos marcos da música pop, sendo um dos melhores álbuns do período pop dos anos 70, marcando o fim da disco music.
Michael Jackson – Off The Wall (1979)
Depois de se consagrar como vocalista do grupo febre no R&B dos anos 70, Jackson 5, chegou a hora de Michael Jackson brilhar sozinho e mostrar porque merece ser chamado de “Rei do Pop”. Durante as filmagens do filme “The Wiz” em 1978, Michael conheceu o produtor Quincy Jones que o convenceu a gravar um álbum solo (Michael apenas teve lançamentos paralelos na Motown entre 1972 e 1976). Fundamentado em uma sonoridade que misturava o R&B/Soul com pop e a disco-music, em 1979 foi lançado o disco “Off The Wall”, que colocaria Michael como um dos artistas mais visionários da história da música. Aclamado pela crítica profissional, e sendo até hoje considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos, “Off The Wall” foi o álbum que fechou com chave de ouro a era da discoteca colocando um ponto final de forma prodigiosa ao gênero. Além disso, “Off The Wall” entre suas variadas sonoridades, também serviu de modelo para os arranjos que viriam a ser usados nas músicas pop da década de 80, influenciando uma série de cantores desde o R&B até o Rock.
Com mais de 25 milhões de cópias, 4 hits no TOP 10 da Billboard sendo 2 deles #1, e um enorme prestígio dos profissionais da música, a produção cuidadosamente genial feita por Quincy Jones e co-executada por Michael, junto com excelentes composições que contavam com nomes como o de Paul Mcartney e Stevie Wonder, “Off The Wall” tem todo direito de ser chamado de obra-prima, entrando pra história, e marcando o nome ‘Michael Jackson’ na história da música.
PS: O especial funcionará da seguinte forma: como se trata de 50 albuns, serão 5 postagens com 10 albuns em ordem cronológica, e uma postagem por semana.
Semana que vem será postada a parte II do especial, com mais 10 álbuns que fizeram história.  Valeu! 🙂
Colaboração/Créditos: Fernando
(Revisado e Adaptado)

#ToThink: Argumentar não é impor! A virtude da tolerância.

Acredito que a função de qualquer um que se dispõe a transmitir qualquer tipo de informação (seja este em qualquer esfera) é fazê-la da forma mais imparcial possível. Contudo, sabemos que nem sempre isso acontece. E sabemos também que não podemos exigir isso, já que, assim, só veríamos um lado da moeda. E a opinião do outro? Seu ponto de vista e seus argumentos? Numa época onde a acessibilidade ao conhecimento é colossal, há um rijo contraste com a carência de sensibilidade em reter e receptar certas informações, especialmente quando o que esta em foco é, principalmente, a fonte desta informação.

No que concerne aos apreciadores de música, o simples ato de exprimir uma opinião é frequentemente motivo para discussões que muitas vezes chegam níveis cataclísmicos- só pra usar uma palavra educada. O modo como cada um quer expressar sua opinião, contrariando a do outro e tentando sobrepujá-la, é, muitas vezes, aterrorizante. E, o pior: Não possuem argumentos ao menos racionais!

Isso fica mais claro ao participarmos de fóruns sobre música. A inflexibilidade, a intolerância, o desrespeito são presenciados constantemente. Aliás, estes são os elementos, que apesar de analogamente estarem mascarados, são escudados de forma vital. E, para isto, é recorrido aos mais diversos tipos de argumentos erigidos não só por fundamentos insensatos, mas, também constituído, esteticamente, de uma combinação bárbara de palavras fífias e incivis.

É necessário que aprendamos a lidar com as diversas opiniões que nos são proferidas a todo o tempo. A intolerância leva o indivíduo a não consentir com o opoente, com o contrário. Este posicionamento, nos cega, fazendo com que se torne inviável refletir, profundamente, acerca do que estamos querendo legar, do nosso ponto de vista. Não depreender que uma ideia adversa pode, muitas vezes, ser construtivo e encerrar na peroração de que podemos estar errados. E, assim, fomentar em uma ponderação sobre nossas considerações, revendo os pontos de estrangulamento e, se necessário, emendando-os.

O modo cujo você aceita o ponto de vista do outro vai determinar a forma como as outras pessoas irão, reciprocamente, receptar as suas ideias. É uma permuta de posturas coerentes, que deveria estar em mode on constantemente. Expressar uma opinião não consiste em impô-la.

O mais interessante de sermos seres racionais é a possibilidade de criar conclusões e formulações discursivas baseadas em qualquer critério. E, melhor, a possibilidade de as exprimirmos torna o ato anterior mais gratificante. Desta forma, aceitar opiniões alheias e contrárias é uma virtude. Nunca estaremos isentos delas e saber conciliá-las e torná-las uma arma ao nosso favor é a chave para o conhecimento, para nos tornarmos indivíduos verdadeiramente racionais.

#Tips: Florence se deixa levar pelo espírito das águas em novo single.

Estava esperando um motivo mais peculiar pra postar sobre essa banda. Agora tenho um. Acaba de ser lançado o novo single da banda Florewnce + The Machine. Não conhece? Pois bem, você está perdendo uma das mais incríveis bandas em anos.

Com uma sonoridade singular, letras exóticas, melodias pujantes, e uma energia digamos, mística, Florence tem conquistado seu espaço como uma das melhores bandas britânicas atualmente. Muito disto se deve a sua vocalista, Florence Welch. A ruiva britânica tem conquistado o mundo com sua (esbelta) beleza tipicamente inglesa e, principalmente, com seu grande talento.

Seu primeiro álbum, Lungs, foi sucesso, sendo bem elogiado pela crítica especializada. O álbum é uma profusão de sons que te transportam pra outro mundo. Um mundo, que seguindo a temática das letras, místico, heteróclito, excêntrico.

What The Water Gave Me é o carro-chefe do segundo álbum de estúdio da britânica. De início, o título da canção tem como inspiração a pintora mexicana Frida Kahlo e uma de suas artes, mas especificamente What The Water Gave Me.  A letra possui inferências a trágica morte da escritora modernista Virginia Woolf que encheu os bolsos de pedras e se afogou em um rio, acometida por uma grave depressão.

"Eu amo sessões, a feitiçaria, céu e inferno, vudu, gospel, posse, demônios, exorcismo e todas essas coisas. Eu não sou uma pessoa religiosa. Sexo, violência, amor, morte, todos os temas os quais eu estou constantemente lutando, está tudo conectado com religião".

A música tem a mesma linha de trabalhos anteriores, entretanto, não possui a percussão presente nos mesmos. A música possui um refrão que costumamos ouvir em seus trabalhos, é frágil e possante, um prenuncio de que algo está por vir. E vem! Já na segunda vez em que ele se repercute podemos sentir aquela progressão tão típica da banda. E é essa progressão, misturada a nuanças extremas que norteiam a canção a uma efusão de sensações, da mais serena a mais bravia. É como se você estivesse em um estado letárgico conduzido ao mesmo tempo em que te injetam adrenalina paulatinamente.

Um ótimo primeiro single. Florence mostra que sua máquina ainda opera a muito vapor. Se o álbum seguir essa linha, vai ficar ainda mais difícil escolher o melhor disco do ano.

UPDATE

Skags para o single:

#Tips: O que você quer? É o questionamento feito pelo Evanescence em seu novo trabalho.

O que você quer? Bem, é meio difícil responder a este questionamento. E, quando esse questionamento é feito por uma voz clamantecomo a da Amy Lee? Ainda assim, é difícil responder. Pra muitos fãs, uma das coisas que eles ansiavam ferozmente já se realizou, o novo single da banda Evanescence acaba de ser lançado.

Era isso que eles queriam? Não há uma resposta uniforme obviamente. Mas, respondendo por mim, sinceramente sim. Sem lançar nada novo oficialmente há cinco anos, a expectativa era enorme sobre este novo trabalho. Uma expectativa um tanto aparente, já que não havia nada a se esperar do que mais do mesmo (e aqui, é totalmente plausível essa expressão) provindos da banda. O Evanescence é (e sempre foi) do tipo que não se arrisca de forma significativa. Para que fique claro, quando pontuo esse “arriscar”, destrua essa (e qualquer outra) possível associação com o eletropop, isso não é mudança que mereça mérito algum.

Voltando a canção, What You Want não possui nada que possa ser aclamado. Um ponto a ser ressaltado são os traços no refrão que nos remetem a músicas do Foo Fighters. Isto porque possui o mesmo produtor que já trabalhou com o espetacular trio. Assim, podemos perceber novos traços adicionados ao som som da banda e que o deixa mais opulento.

A canção possui uma letra um tanto sombria, caso contrário, não seria o Evanescence. No entanto, como de praxe, ela  também traz os versos típicos da banda. Seu pré-refrão é batido nos primeiros segundos da música, e que, apesar de enérgico é disforme. Pouco se equipara ao hino gótico que é Call Me When You’re Sober. O refrão é a parte mais notável da canção. Os vocais estão corretos, como deve ser em trabalhos de estúdio. Contudo, a música consegue conquistar após seu primeiro play. A vibe dela te prende, mas, nada que dure tanto.

Agora, fica a expectativa do álbum. O que você quer dele?

Ouça abaixo o novo single da banda:

#euouvi: Joss Stone de volta ao soul clássico que a fez grande.

Neste ano tivemos grandes lançamentos. O mudo pop ferveu nesse primeiro semestre. Grandes “retornos” que não foram tão bem,segundos trabalhos que surpreenderam, estreias bem vindas, e afins. Dentre estes, quero destacar um imperdível. Antes de o Justin Bieber cantar aos quatros cantos o seu Baby, outro artista fez isso de forma mais digna. Alguém se lembra do refrão super pegajoso de Baby, Baby, Baby, tell me do you really love me?, que fez barulho considerável nas terras tupiniquins? Pois bem, sua interprete volta com tudo em seu 5º trabalho. Sim, é da Joss Stone, a quem me refiro.

LP1 é o quinto trabalho de estúdio da inglesa e ícone da soul music Joss Stone, cognominada por alguns como a branca com voz de negra. São 10 boas faixas que te transportam (ou ao menos tentam) à alma da música negra, o soul music. Joss é um dos exemplos de sucesso precoce dimanado do grande talento até então desconhecido do grande público. Iniciou sua carreira com apenas 16 anos quando lançou seu álbum de estreia bastante aclamado pela crítica, o The Soul Sessions. De lá pra cá, conquistou seu espaço na música como uma das melhores vocalistas desta geração. Este ano, se tornou um quinto do super e estranho grupo  SuperHeavy, ao lado da lenda Mick Jagger, Dave Stewart, Damian Marley e A.R. Rahman.

Seu último trabalho não foi tão bem recebido tanto por crítica quanto por público, o que deve ser a razão de um “renascimento” visto nesse novo álbum. Perceptivelmente mais pop, sem, contudo, se entregar as excentricidades sonoras acometidos ao cenário musical, não só pop, atual. O que é alívio esperado, já que, quando se fala em artistas do porte da Joss, passamos longe da agressiva Machine Fashion. E quanto me refiro a um renascimento, tomo como base a inspiradora Newbron, que abre o trabalho. Uma canção otimista em melodia, e que nos faz esperar bons momentos do álbum. E, não nos decepcionamos na chegada da segunda faixa, Karma. Ao contrário, ficamos ainda mais animados. Com vocais de grandes divas sessentistas e uma estreita relação com o funk, dá um tom crescente à canção, que se torna uma das melhores do disco.

Don’t Start Lying to Me Now não deixa o ritmo diminuir e precede a melhor faixa do álbum. Last One to Know tem uma sonoridade penetrante, que te move para dentro da canção enquanto Joss versa sua objeção por se apaixonar de forma crescente, em nuanças vocais incríveis. Drive All Night abranda a raiva de Joss, com vocal recatado de balada soul de fim de noite.

E novamente a sanha vista em Last One to Know é vista, ou melhor, sentida. De uma forma mais viva e crescente de vocais background entusiasta. Clima presente em Somehow carro-chefe deste trabalho. Um primeiro single de péssima escolha visto outras canções bem mais fortes e apelativas. Resultado, vai de mal a pior nos charts. Uma canção ao melhor estilo neo-soul, mas, sem a força que um primeiro single supõe que se possua.

Com Landlord vamos nos aproximando de fim do disco. É uma canção totalmente acústica com traços de folk. Prosseguindo, Boat Yard, ainda guarda resquícios (ínfimos) de folk e é a faixa mais longa do álbum. Ao contrário da anterior, não é solitária, sendo acompanhada de guitarra distorcida dando consistência ao belo conjunto  final.

E por final, a última faixa Take Good Care. A canção parece uma continuação da antecedente, só que em um ritmo mais vagaroso, meio arrastado e vocais brandos. LP1 marca um retorno da Joss Stone vista em The Soul Session. Há um a sensação palpável de liberdade neste álbum. De maneira alguma se põe como um sucessor deste grande álbum, mas, nos traz de volta a Joss “perdida” em seu último trabalho devido aos atritos com sua gravadora. Um dos melhores álbuns do ano. Sem dúvida, Joss tem um talento considerável, mas, pouco reconhecido no momento musical que vivemos. Ela pode não tido a consagração que conterrâneas como a Amy teve, ou a que a Adele está tendo, mas, se esforça, o que nos deixa felizes.

Skags para o álbum:

Para apreciação geral e comprobatória, uma enérgica apresentação de Karma ao vivo em um talk show.

#Tips: Gavin DeGraw, o eterno I Don’t Want To Be …

Quem assistiu a pelo menos um episódio de One Tree Hill com certeza também já ouviu a música de abertura. I Don’t Want To Beficou conhecida nos quatro cantos do mundo. Seu intérprete também. Gavin DeGraw pode não ter se tornado um nome super conhecido, mas, saiu com louvor do anonimato.

Seu primeiro álbum, Chariot, foi lançado em 2003. Nele há sucessos como Chariot, Follow Trough e a maior de todas I Don’t Want To Be. Depois do sucesso da última na abertura da série teen, o álbum foi relançado e se tornou platina com mais de 1 milhão de cópias nos EUA.

Apesar do bom desempenho na primeira semana, com mais de 66 mil cópias vendidas, o segundo álbum, o homônimo Gavin DeGraw, não foi tão bem quanto o primeiro. Sucedeu-se da mesma forma com o Free, o mais recente lançamento do cantor.

Este ano, Gavin se prepara para lançar seu quarto álbum de inéditas, e o carro-chefe deste trabalho é a dica de hoje no SkagTrend.

Not Over You, é uma ótima canção para primeiro single. A canção fala sobre o fim de um relacionamento em que ele não conseguiu esquecer sua amada. Nada diferente. Seu refrão é bem simples e direto. O que deixa a música fraca.

If you asked me how I’m doing
I would say I’m doing just fine
I would lie and say that you’re not on my mind
But I’ll go out and I’ll sit down
At a table set for two
And finally I’m forced to face the truth
No matter what I say I’m not over you

Mas sua melodia é bastante agradável. Com um solo inicial de piano, batidas programadas e o violão – dando um tom acústico a música, conferem à canção uma sensação singela e harmoniosa. Uma fórmula comumente encontrada em trabalhos do One Republic e The Script. Há também uma ínfimo momento em que é lembrado  trabalhos da talentosa Sara Bareilles. Mesmo com essas referências, não é uma canção sem identidade. Ao contrário, é visivelmente o campo de conforto do Gavin DeGraw visto em seus trabalhos anteriores, em especial no Free. Os vocais são os de praxe, afinado, distinto. Gavin DeGraw com certeza é um dos melhores vocalistas deste século.

Not Over You é simples, agradável, branda. Uma ótima pedida num dia onde agitação é a última coisa que você quer, sem, no entanto, dar boas-vindas à morbidez.

Amy Winehouse, a alma da música do século 21.

Bem, como alguns puderam perceber, passei um período considerável sem postar algo novo, muito pelo fato de contratempos pessoais, acadêmicos e profissionais. Agora, de volta, tenho o desprazer de postar sobre algo que tomou o mundo de surpresa. Tá, não foi algo tão inesperado, era uma crônica de uma tragédia já anunciada. Mesmo assim, é algo sempre inesperado. A estrela de Amy Winehouse acaba de se apagar.

Uma das maiores revelações da música de todos os tempos, Amy é sempre lembrada por seu (enorme) talento. Entretanto, esse não era o único ponto a se sobressair quando o nome da artista estava em pauta. Tão quão talentosa, a cantora também era em mesmo nível polêmica.

Sua carreira foi cheia de altos e baixos. Seus problemas com álcool, drogas, transtornos alimentares toldou o melhor que a Amy tinha. Consagrada por muitos como a melhor cantora do século 21, ela foi a esperança musical em uma época sem notáveis ou consideráveis trabalhos. Abaixo uma breve biografia da vida da diva do soul.

Do subúrbio de Londres para o mundo!!!

Winehouse nasceu numa área suburbana de Enfield, Londres, numa família judaica de quatro elementos com tradição musical ligada ao jazz. Seu pai, Mitchell Winehouse,era motorista de táxi e sua mãe, Janis, farmacêutica. Amy tem ainda um irmão mais velho, Alex Winehouse.

Cresceu no subúrbio de Southgate e fez os estudos na instituição de ensino Ashmole School. Por volta dos dez anos, Winehouse funda uma banda amadora – e de curta vida útil – de rap chamada “Sweet ‘n’ Sour, as Sour”. Ela descreveu a banda como sendo “the little white Jewish Salt ‘n’ Pepa” (“a pequena Salt ‘n’ Pepa judaica”).

Ganhou a sua primeira guitarra elétrica aos 13 anos de idade e por volta dos 16 anos, já cantava profissionalmente ao lado de um amigo (depois namorado), cantor de soul, Tyler James. O seu álbum de estreia, “Frank” (2003), foi indicado para o Mercury Music Prize. Em 14 de fevereiro de 2007 ela ganhou um Brit Award por Melhor Artista Feminina Britânica entregue pela Baby Spice, Emma Bunton.

O seu segundo álbum, “Back to Black”, recebeu 6 indicações para o Grammy 2008, incluindo os quatro principais ( Revelação do Ano, Álbum do Ano, Gravação do Ano e Música do Ano) e ganhou 5. Back to Black também teve grande sucesso comercial,  sendo o disco mais vendido de 2007 , com mais de 9 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro.

Durante o EMA 2007, Amy recebeu um prêmio surpresa: Foi feita uma votação entre os artistas de mais destaque nesse ano para saber qual o artista que merecia ganhar, tendo sido Amy a mais votada. Artistas como Rihanna, Chris Brown e Fergie disseram que ela merece uma vez que é original, tem uma voz incrível e um ritmo único.

Seus problemas com drogas se tornaram mais frequentes públicos. Junto com seu marido, o qual apresentou drogas “pesadas” a Amy, tentou várias vezes se recuperar se internando em clínicas de desintoxicação. Os tabloides britânicos  elegeram-na como alvo preferencial, destronando deste modo Pete Doherty ex-The Libertines e actual líder dos Babyshambles, como junkie mais famoso da Grã-Bretanha.

O empresário dela abandonou-a ao descobrir que no auto-carro da turnê, Amy usava heroína. No dia 22/01/08, um vídeo com Amy usando crack e outras drogas saiu no site do tabloide The Sun. Esse vídeo podia mudar a vida de Winehouse, pois a sua família e amigos não sabiam o que fazer com ela, mas 25/01, foi internada numa clinica de reabilitação, sendo vigiada 24 horas por dia.

Em função das polêmicas, o governo dos EUA negou visto à artista para cantar no Staples Center, sede da 50ª edição do Grammy, realizada em 10 de fevereiro em Los Angeles. A pedido dos organizadores, Winehouse deveria cantar numa performance direto de Londres, onde mora e cumpre seus tratamentos antidrogas. Foi apanhada com uma substância branca no seu nariz, como se fosse pó, alimentando os rumores de que ela não parou de se drogar.

No dia 30 de Maio de 2008 deu o seu primeiro concerto em Portugal no Rock in Rio Lisboa. Este concerto, que serviria de base para avaliar o seu estado físico e emocional, deu-lhe uma nota negativa.

Na opinião de muitos, Amy entrou em palco bêbada e drogada. Tinha um hematoma no pescoço e uma ligadura na mão que a impedia que segurar no microfone. Encontrava-se rouca pelo que o concerto deixou um pouco a desejar. Alguns dos fãs afirmaram que já estavam à espera de tal coisa, outros ficaram horrorizados e outros conseguiram mesmo delirar com o concerto. Este seu concerto foi motivo de notícia nos mais diversos meios de comunicação.

Acompanhada de seis músicos e dois vocalistas, Amy Winehouse demorou 50 minutos para interpretar pouco mais de dez temas retirados dos seus dois álbuns (Frank, Back to Black), mas não na sequência anteriormente prevista. Amy Winehouse, que deu o primeiro grande concerto em vários meses, pediu desculpa pela fraca voz e admitiu que devia ter cancelado o concerto, mas agradeceu o fato de ter estado perante quase cem mil pessoas.

Após isto, ela continuou a fazer diversos shows pela Europa e pelo mundo. Após meses afastadas dos palcos, este ano, o público brasileiro se viu agraciado com a primeira e última visita da cantora às terras tupiniquins. Um show apático, onde não podia ser visto a Amy dona do vozeirão vigoroso, que o mundo conheceu.

Chegou-se a anunciar que a cantora estava trabalhando em um novo álbum. Não havia uma data precisa para o lançamento, apenas a expectativa. Expectativa essa que pode ter ido por água a baixo (pelo menos, se lançado, não contará com a promoção da cantora em vida), já que hoje foi anunciada a morte da cantora. Um destino trágico para uma mulher de 27 anos, idade esta, cuja carreira e vida também foram encerrados, como as das lendas Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin, a maioria por envolvimento com drogas.

Seu estilo tem sido amplamente imitado, visto que o seu cabelo vem com uma porção apelidada de ‘colmeia’ que virou a sua marca registrada. Além de que suas roupas retrô e suas tatuagens de pin-ups da década de 50 fazem de Amy uma mulher de tanto estilo e personalidade.

Em 2009 a Rolling Stones listou as melhores músicas e os melhores álbuns da década. Rehab aparece na lista em 8º lugar e Back To Black em 19º.

O que resta agora é a lembrança de uma artista irreverente, controversa, influente, genial, talentosa e que será lembrada por muito anos. Não foi um grande exemplo como pessoa, mas, sem dúvida seu legado artístico servirá como base pra algumas que virão após ela.

Revisado e Adaptado: Portal do Rock